Qual o problema de pagar por sexo?

Estava já há um tempo para falar desse assunto após ver um comentário no YouTube que dizia assim: “Nunca que vou pagar pra fazer sexo com uma mulher. Aquele que precisa disso não sabe conquistar uma mulher e é fraco moralmente. Mulher que cobra não presta”. O cara deveria estar muito revoltado com alguma questão pessoal para se manifestar dessa forma publicamente. Eis que primeiro de tudo, se não houvesse demanda não existiria a oferta. Digo desde o mercado pornô, casas noturnas, “spas”, freelancers etc que satisfazem o desejo imediato. 

Sabemos que "la amada prostitución" mesmo sendo uma profissão tão antiga (datando desde antes de Cristo) é tão polêmica ainda em tempos atuais por que na minha visão é atrelada a precariedade econômica; uma questão de sobrevivência; é estigmatizada por que ficam à margem da sociedade sem o status de “mulher de família”, entre tantas outras explicações cheias de jacobices. 

Não acho que seja questão de imoralidade daqueles que procuram. Ao meu ver, pode ser tantas as respostas. A pessoa pode apenas querer extravasar, aprender a como tratar uma mulher na cama (várias vezes já dei dicas), ou simplesmente não querer conquistar ninguém com delongas, jantares para finalizar com o sexo. Muitos também não querem a encheção de saco, discussão besta, iras momentâneas, mau humor, reclamações, preocupações, cansaço, dores de cabeça que suas amadas se encontram em certos momentos. E digo mais, tem mulheres que não usam lingeries/fantasias que seus maridos compram, não se tocam por causa de tabus ou nem gostam de falar de sexo e muito menos sobre desejos e fetiches. 

Esses maridos, então, tornam-se meus clientes, até por que não ligo, nem mando mensagem no dia seguinte e jamais irei cobrar nada, pois já ouvi que o homem paga para a “puta” ir embora. Porém, sei que não é somente para “drenar a linfa” na maioria das vezes (digo no meu caso), pois se há um sexo gostoso, prazeroso, uma boa conversa e o mais importante de tudo, se houver a química, o date é finalizado maravilhosamente. E tudo isso se resume a 1 hora de satisfação que depois o guri irá esquecer  e voltar à sua vida normal com outras “pussys” por aí. 

Sobre o nosso amigo da frase, não acredito na arte de conquistar uma mulher e sim se ela vai te aceitar ou não do jeito que tu és, pois sabemos que isso é o que importa para ambos. Quem somos deveria ser mais valorizado do que estamos. Portanto, jamais deveríamos impor características negativas do caráter de alguém tendo como base apenas sua forma de ganhar dinheiro. Pois independentemente, em todos os meios, lugares, profissões há pessoas de valores e sem. E outra coisa, qual o problema de pagar por sexo mesmo? Ainda é muito difícil para compreenderem que aquele que paga por sexo não quer ter trabalho; quer a praticidade para receber prazer ou sendo mais burlesca, para uma gozada e fim. 

É apenas sexo pago e nada mais. Se não existisse a prostituição, só haveria mais “amantes-passatempo” com prazo de validade de 60 minutos ou até menos. Os homens não têm todo aquele sentimento na hora H (salvo exceções rs). E mais dizendo, o apetite sexual masculino é diferente do feminino. Venhamos e convenhamos que se eu aprofundar mais no assunto, chegarei nos temas sobre infidelidade, instinto, dominação, autocontrole, masculinidade, fetiches, direitos iguais entre os sexos, machismos e outros ismos, de maneira que não é o meu intuito nesse post. Isso que só abordei a procura de sexo pago com mulheres, nem falei de travestis, gays. Até por que eles têm muito mais a explanar do que eu. Só sei que uma coisa é fato: o sexo pago é uma punheta evoluída. 

Obs: se você acha um problema pagarem por sexo, gostaria de ler seus argumentos. Gosto de saber, já que ter velhas opiniões formadas não me abrem horizontes e formas diferentes e construtivas de abordar assuntos tão pouco comentados. Grata.

Para quem tiver interesse sobre a História desse mercado polêmico: 

https://www.fg2013.wwc2017.eventos.dype.com.br/resources/anais/20/1372969868_ARQUIVO_versaofinalparafazendogenero.pdf